01/05/2010

Começam obras da Operação Água Espraiada

Edição 2186 – de 3 a 9 de setembro de 2004

Duas faixas da Avenida Jornalista Roberto Marinho foram interditadas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), no Brooklin, para que as obras da Operação Urbana Água Espraiada tenham início. A verba inicial foi arrecadada em leilões de títulos mobiliários realizado em julho, que arrecadou R$ 30 milhões. Mas, para a região do Jabaquara, ainda não há previsão de início dos trabalhos de remoção das favelas, construção de habitações populares e prolongamento da Avenida, até a Rodovia Imigrantes.

Prefeitura inicia Operação Urbana Água Espraiada

Na semana passada, foram interditadas duas faixas da Avenida Jornalista Roberto Marinho, próximo à Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini, para início de obras da chamada Operação Urbana Água Espraiada. Isso significa um passo inicial no projeto que prevê a extensão da Avenida (antiga Água Espraiada) até a Rodovia dos Imigrantes?

Os moradores da região do Jabaquara, em especial de bairros como Jardim Aeroporto e Parque Jabaquara, ficaram animados, em julho passado, com a notícia de que finalmente tiveram início os leilões de títulos que permitirão a arrecadação de verbas para a Operação Urbana. Ela prevê obras como o prolongamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho (antiga Av. Água Espraiada) até a Rodovia dos Imigrantes, além de reurbanização e remoção de favelas da área.

No primeiro leilão, em apenas meia hora, foram vendidos 100 mil títulos, ao valor mínimo estipulado de R$ 300 cada, resultando numa arrecadação de 30 milhões. Nessa época, a Prefeitura anunciou que a primeira fase da obra englobaria a construção de duas pontes estaiadas sobre o Rio Pinheiros, além de construção de moradias populares para substituir a favela do Jardim Edith, no Brooklin.

Mas, quando serão lançados novos títulos? Quando efetivamente terão início as obras que benificiarão o Jabaquara?

Segundo a Emurb (Empresa Municipal de Urbanismo) não há previsões concretas. Nem mesmo para a construção das duas pontes e urbanização da favela do Jardim Edith ainda não há verba garantida: o custo dessa fase inicial é previsto em R$ 190 milhões e só foram arrecadados R$ 30 milhões até agora. Segundo consta no contrato, essas duas obras deverão ser finalizadas a partir de 18 meses da data de emissão do primeiro leilão, que sucedeu em julho. Ou seja, o prazo vai até final de 2005.

Mas, a Secretaria Municipal de Finanças, que promove a venda dos títulos mobiliários, diz que não há previsão para realizar novos leilões. Sabe-se apenas que a oferta desses títulos deve ser feita, no entanto, no período máximo de dois anos, com um total de 3,75 milhões de títulos ao custo de R$ 300 cada. Os títulos têm o nome de Certificados de Potencial Adicional Construtivo, ou CEPAC’s. Ao comprá-los, um investidor ou construtor garante o direito de construir acima do potencial permitido na área, sempre conforme a quantidade que adquire. Ou seja, os CEPAC’s permitem que seja construídos prédios, especialmente comerciais, em uma região onde antes era proibido erguê-los: em contrapartida, cria-se o fundo necessário para a realização das obras de reurbanização.

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