01/05/2010

Incêndio na Favela da Rocinha expõe riscos na Água Espraiada

(Edição 2134 – de 22 a 28 de agosto de 2003 – Página 3)

Enquanto a prometida Operação Urbana Consorciada Água Espraiada não vem, as famílias que vivem em favelas ao longo do córrego continuam sobrevivendo em condições arriscadas. Na última quarta-feira, dia 20, por volta de 11h30, um incêndio destruiu dezenas de barracos na favela Rocinha. Em 2001, a prefeita Marta Suplicy visitou a favela e, surpresa com a situação de risco em que moravam as famílias, comentou que a Operação Urbana Água Espraiada traria benefícios para toda a região, inclusive com a construção de habitações populares para a comunidade das favelas ao longo do córrego.

Muitos dos barracos construídos ao longo do Córrego estão sobre palafitas. A sujeira jogada sob o córrego, as ligações clandestinas de eletricidade e as vielas estreitas completam o quadro do perigo. De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, após o incêndio desta semana 95 famílias ficaram desabrigadas após o incêndio. Não houve vítimas fatais e, as cinco pessoas atendidas no Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara, foram liberadas no mesmo dia: um rapaz teve escoriações leves, uma criança tinha queimaduras leves no pé esquerdo e outras três pessoas tiveram mal súbito.

A Prefeitura informou ainda que outras sete pessoas necessitaram de atendimento médico, mas não houve necessidade de encaminhamento ao hospital. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conteve o fogo. Entre as famílias que perderam sua moradia, 178 pessoas foram para casas de amigos ou parentes e outras 93 não informaram seu destino. Também 31 famílias, no total de 93 pessoas, aceitaram ir para o alojamento provisório implantado pela Secretaria de Assistência Social no CDM Congonhas, na Praça Joubert de Carvalho.

A SAS informou que as famílias receberam cobertores, colchões e cestas básicas, além de refeição, na parte da tarde. As causas do incêndio ainda são desconhecidas.

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