Edição 2403 - 09 a 15 de janeiro de 2009
Prefeito reeleito destacou em sua posse a parceria com o governador. Há várias promessas para a região, como o prolongamento da Av. Jornalista Roberto Marinho e a extensão da Linha 5 do metrô
Empossado como o 52º prefeito de São Paulo até 2012, Gilberto Kassab (DEM) vive o desafio de cumprir todas suas promessas de campanha em meio à crise econômica mundial. Da lista de projetos propalados por Kassab durante o pleito municipal, constam obras como 500 creches, 80 escolas de educação infantil, 50 unidades de atendimento odontológico, três hospitais, dois corredores e oito terminais de ônibus e 34 parques.
Mas, sob alegação dos efeitos da crise financeira já fizeram o prefeito paulistano realizar alguns cortes no orçamento, estipulado na casa dos R$ 27, 5 bilhões para este ano, antes mesmo do início de seu novo mandato.
Sob a justificativa de “navegar com cautela nas águas turvas”, ele congelou os gastos públicos em todos os setores da administração (a atual gestão ostenta o número recorde de 27 secretarias entre as capitais do país), mantendo apenas a previsão inicial de investimentos nas áreas sociais, como educação, saúde e transporte.
Apesar da expectativa de queda na receita, Kassab garantiu não aumentar tributos para compensar as possíveis perdas de arrecadação. E voltou a prometer não aumentar o preço da passagem de ônibus este ano, bem como o investimento de R$ 1 bilhão no Metrô. Durante a posse, também reafirmou cumprir o mandato até o final, sem sair como candidato em 2010 para o governo do estado.
Para tocar e aprovar seus principais projetos na principal cidade do país, Kassab não terá tantas dificuldades. A nova composição da Câmara Municipal o favorece. O prefeito terá apoio da maioria no Legislativo, pois 36 dos 55 vereadores da casa são de partidos aliados da situação.
Na região, a expectativa da população quanto à nova gestão Kassab fica em torno da prometida conclusão de obras como o prolongamento da avenida Jornalista Roberto Marinho até a Imigrantes, da canalização do córrego Ipiranga, nos investimentos em parceria com o estado para a ampliação da linha 5 do metrô pela Santa Cruz, e de uma passagem subterrânea sob a rua Sena Madureira, agilizando o acesso à avenida Ricardo Jafet. Além disso, moradores mobilizados do entorno de Congonhas, no Parque Jabaquara e Jardim Aeroporto, esperam a desistência do prefeito em desapropriar a área para ampliar o aeroporto. Essa história, aliás, promete ser uma boa briga durante o mandato!
Vale lembrar, ainda, que esta gestão deve preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014 - São Paulo provavelmente será a sede da abertura do maior evento esportivo mundial e o prefeito governa a cidade até dois anos antes do evento.
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