01/05/2010

Prefeitura já arrecadou verbas para Água Espraiada

Edição 2180 – de 23 a 29 de julho de 2004 – Página 3

O primeiro leilão de Certificados de Potencial Adicional Construtivo (conhecidos por CEPAC’s) foi considerado um sucesso pela Prefeitura. Todos os papéis foram negociados em menos de duas horas e R$ 30 milhões já foram arrecadados. O dinheiro deve ser investido na construção de duas novas pontes sobre o Rio Pinheiros, junto à Avenida Jornalista Roberto Marinho, e também para o remanejamento de famí-lias que vivem em favelas na região. Mas, ainda não há previsão para o início de obras de prolongamento da Avenida, na região do Jabaquara. Integrantes da Sociedade Amigos da região pretendem reivindicar que ao menos o trecho entre a Av. Pedro Bueno e a Avenida Jornalista Roberto Marinho seja feito ainda na primeira fase.

Prefeitura arrecada em leilão R$ 30 milhões para Operação Urbana Água Espraiada

Foi considerado um sucesso o primeiro leilão de Certificados de Potencial Adicional Construtivo (CEPAC): todos os 100 mil títulos oferecidos pela Prefeitura foram vendidos em menos de duas horas, pelo preço mínimo, resultando em 30 milhões de reais. O primeiro lote de títulos foi colocado à venda no último dia 20, terça-feira.

A verba será destinada à Operação Urbana Água Espraiada, que tem por objetivo recuperar toda a região próxima a Avenida Jornalista Roberto Marinho, além de áreas junto à Marginal Pinheiros, entre a ponte João Dias e a Avenida dos Bandeirantes. A Prefeitura pretende dar início às obras ainda este ano, construindo duas pontes estaiadas sobre o Rio Pinheiros. Além disso, serão remanejadas as primeiras famílias que vivem em favelas ao longo da Avenida, para habitações populares que também integram a Operação Urbana.

Na região, a grande expectativa da população está relacionada a outra fase da Operação Urbana, que prevê o prolongamento da avenida Jornalista Roberto Marinho (antiga Av. Água Espraiada) até a Rodovia dos Imigrantes. Ainda não há previsão para que este trabalho tenha início, mas a comunidade local pretende pressionar a Prefeitura para que parte deste prolongamento tenha início imediato, paralelo à construção das duas pontes. “Nossa intenção é reivindicar que um trecho de apenas 260 metros seja construído, ligando a Avenida Roberto Marinho à Avenida Pedro Bueno”, afirma Osmar Machado, integrante da Sociedade Amigos do Parque Jabaquara e Jardim Aeroporto (SAPAJJAE).

Os integrantes da SAPAJJAE acreditam que esta obra traria grandes benefícios à região, em relação ao trânsito. Desde 1999, pouco depois da abertura da avenida, o fluxo de automóveis, caminhões e ônibus aumentou muito nas ruas residenciais do bairro, pois motoristas criavam atalhos entre a Jornalista Roberto Marinho e a Pedro Bueno. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou projeto para aliviar a situação nas ruas do Parque Jabaquara, cerca de um mês atrás, mas as mudanças desagradaram moradores de outras vias que passaram a concentrar o fluxo de automóveis, como a Rua Alsácia.

Os CEPAC’s foram negociados na Comissão de Valores Mobiliários da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa). Ao comprar esses papéis, um empreendedor ganha o direito de construir acima do permitido pela legislação de zoneamento antes em vigor, sempre conforme o número de títulos adquiridos. A expectativa da Prefeitura, no caso da Operação Urbana Água Espraiada parece estar se confirmando: como os compradores podem ser simplesmente investidores, ou seja, não é necessário ter interesse em construir efetivamente no local para comprar um CEPAC, os títulos foram bem recebidos no mercado. Um investidor pode esperar pela valorização e aumento da procura pelos títulos para depois revendê-los aos reais interessados em construir na região.

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